quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Da Chuva: feliz e triste

Pois é. E dá-lhe chuva. Tudo estranho. Não fazia tanto calor e era verão. De repente, as águas de março chegaram em fim de dezembro e, intermitentes, agora, ainda em janeiro, resolveram voltar, quase sem trégua.
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As águas que caem dos céus lavam as janelas, a cidade, a gente. Levam embora a poeira da metrópole, regam as plantinhas sedentas, aliviam o calor. Bucólico, não? Pois acabou aí. Após essa linda cena de filme da Sessão da Tarde, vem a realidade do exagero que é a chuva na minha cidade (e em outras tantas). Bueiros mal-limpos transbordam, valas com lixo enchem e liberam seu conteúdo para as adjacências, casas mal construídas despencam e o caos está feito. Carros a mais nas ruas somam-se aos ônibus e o trânsito emperra, pára totalmente, como um belo quebra-cabeças que fica pronto e compõe uma figura que não dá para desmontar. Socorro! Diante de tudo isso, a beleza dos pingos que caem do alto fica tão questionável...
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Ah, mas observar o movimento das águas e dos ventos é uma delícia. O barulhinho da chuva à noite, na hora de dormir, é bem bom... Andar na chuva sem preocupação alguma, sem pressa, é uma benção! Chuva na praia, na piscina, é diversão certa. Garoazinha que refresca o calor que sobe do chão é sensacional.
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Chegar ao trabalho com os pés molhados não é bom. Aquele carro que passa na poça d´água com uma baita pressa e joga água até no rosto da gente não é bacana (dá uma vontade de xingar!!). O cabelo que foi hidratado e escovado e chapeado (existe??) vira uma vassoura no tempo úmido e arrasa a produção caprichada da moça: isso não é legal. O chão escorregadio dá um baita susto na gente, no mínimo. A pasta da faculdade acaba molhando, os papéis empaçocam parcialmente... Os atrasos atribuídos à chuva são muuuito chatos ( os meus, os seus, os deles).
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Admiro demais quem não deixa o humor ser influenciado pela chuva; mais ainda, quem adoooora chuva, como a LuNéia querida-do-Mural-Ruivo! É que pra mim, chuva é uma contradição que me inquieta. É a verdadeira FELICIDADE e tristeza DENTRO DO MESMO TIME, cuja coexistência eu realmente defendo. Mas no tocante à chuva, essa dupla anda me irritando...
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Chega de chover no molhado por agora.
Desejo um lindo dia seco e de sol amanhã pra você (tá bom, Néia, pra você, um dia bem aquoso!), com mais FELICIDADE que tristeza.
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Lu Longo.

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