Da Vida de Agora
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Fernando Pessoa
Às vezes entre a tormenta,
Às vezes entre a tormenta,
quando já umedeceu,
raia uma nesga no céu,
com que a alma se alimenta.
888E às vezes entre o torpor
que não é tormenta da alma,
raia uma espécie de calma
que não conhece o langor.
999
E, quer num quer noutro caso,
como o mal feito está feito,
restam os versos que deito,
vinho no copo do acaso.
999
Porque verdadeiramente
Porque verdadeiramente
sentir é tão complicado
que só andando enganado
é que se crê que se sente.
8888
Sofremos? Os versos pecam.
Mentimos? Os versos falham.
E tudo é chuvas que orvalham
folhas caídas que secam.
E de repente a tormenta pode passar
E tudo pode melhorar.
Não custa acreditar...
999
Um sábado FELIZ pra você!
999
Lu Longo
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