sábado, 14 de março de 2009


Talvez eu seja 
O sonho de mim mesma. 
Criatura-ninguém 
Espelhismo de outra 
Tão em sigilo e extrema 
Tão sem medida 
Densa e clandestina.

Que a bem da vida 
A carne se fez sombra. 

Talvez eu seja tu mesmo 
Tua soberba e afronta. 
E o retrato 
De muitas inalcançáveis 
Coisas mortas. 

Talvez não seja. 
E ínfima, tangente 
Aspire indefinida 
Um infinito de sonhos 
E de vidas. 
HILDA HILST

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Lu! Que bom que gostou do blog. =)
Volte sempre!
Saudades também!
Qnd esse ruivo vai lançar o CD novo, hein?????
Bjks!

Anônimo disse...

Que delícia passar por aqui!!!! Lindo a mensagem, linda a foto...tudo bem Lululongo!!!!
Bjs